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23 de outubro de 2024
Edição 288
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A origem do futebol X1

Tudo começou na Zona Sul do Recife, em Pernambuco. Depois, o novo esporte foi levado a diversos bairros da periferia de outras capitais brasileiras e pouco a pouco, com a chegada das transmissões televisivas e de patrocinadores, está mudando a vida de vários atletas que antes eram esquecidos nos campos de futebol de várzea. Grandes marcas viram oportunidades de profissionalizar o futebol X1, organizando eventos com premiações altas para os competidores.

O futebol X1 consiste na disputa de equipes formadas por um jogador e um goleiro. O segredo está nos dribles, mas, como há apenas um jogador de linha por equipe, é preciso saber fazer um pouco de tudo: marcar, controlar a bola, correr e finalizar. E o goleiro, apesar de não poder tabelar com o companheiro de time nem sair da área, trabalha mais que no futebol tradicional. Isso se deve ao dinamismo das partidas, que têm dois tempos de 15 minutos cada.

Além da habilidade e da polivalência, o futebol X1 exige muito do físico de seus praticantes, que formam um “exército de um homem só”. Mas, além de um intervalo entre os tempos, cada jogador tem direito a um minuto de parada técnica por etapa, e, em caso de lesão, a partida é paralisada, e o atendimento médico precisa ser acionado.

Por outro lado, é bom esclarecer que o futebol X1 nada tem a ver com o X1 de vaquejada, um esporte equestre que também ganhou muita popularidade nos últimos anos e que tem como alguns de seus expoentes os vaqueiros Nathan Queiroz, Alex Filho e Pedro Militão.

 

As regras do futebol X1

Os jogos podem ser realizados na grama natural, no society e até como futsal. A bola utilizada varia de acordo com o local da partida, sendo de 68cm a 69cm de circunferência para os gramados e de 62cm a 64cm nas quadras. Antes que a partida comece, o árbitro realiza um sorteio para definir campo e bola, como no futebol tradicional e em outras modalidades. Também como no futebol de 11, para que aconteça um gol, a bola precisa cruzar a linha inteiramente. Entretanto, diferentemente da modalidade à qual estamos mais acostumados, no futebol X1 não vale gol de goleiro.

Em caso de empate nos 30 minutos, o desempate é feito através das cobranças alternadas de shoot-out, quando o jogador de linha parte livre em um mano a mano com o goleiro adversário, ou de uma disputa de tiros de 10 metros, no caso do futsal.

O shoot-out e o chute de 10 metros também acontecem caso uma das equipes cometa mais de cinco faltas em algum dos tempos, se algum atleta recebe dois cartões amarelos ou se o goleiro toca a bola fora da área. Se ocorre alguma expulsão, o competidor expulso é declarado derrotado.

 

Organização de torneios da X1 Brazil

Ainda não há uma entidade ou liga nacional que detenha o controle dos torneios de futebol X1 em território nacional. Uma das principais organizadoras de competições é a X1 Brazil, que utiliza um formato parecido ao que se vê no MMA. As semelhanças com o UFC e outras organizações das artes marciais mistas são o cinturão para o campeão de uma categoria, o ranking e a montagem de um card para os duelos.

Na X1 Brazil existem três tipos de eventos, os Campeonatos, o Circuito e o Combate, que é considerado a “primeira divisão” do futebol X1 e tem etapas disputadas em diversas cidades do país.

O Campeonato revela novos jogadores de futebol X1 para o cenário esportivo, além de servir para somar pontos para o ranking. Quem vence ganha destaque e sobe de categoria rumo ao Combate.

 

Ídolos do futebol X1

Apesar do pouco tempo desde a explosão da modalidade, alguns jogadores já são bastante conhecidos, pelo menos dentro do nicho. O principal ídolo do X1 é Etinho, que no começo deste ano conquistou a Bola de Ouro no prêmio Melhores do Ano da X1 Brazil, considerado o The Best do esporte.

O primeiro dono de cinturão no futebol X1 foi Vassoura, outro nome muito pronunciado entre os fãs. No entanto, o ex-campeão de futsal passou em branco na honraria realizada em janeiro, assim como Matheus Paquetá, irmão mais velho do jogador da seleção brasileira de futebol Lucas Paquetá, e Jonatas, ex-pizzaiolo e outra das referências no cenário nacional.

Entre as mulheres, a atual Bola de Ouro é Toinha, que recentemente protagonizou grande vitória sobre outra jogadora de X1 bastante conhecida, Bia Cabelinho. O triunfo veio no shoot-out após um emocionante empate em 3 a 3 no tempo normal.

 

Legenda da foto

No dia 29 de setembro, a Arena Independência foi palco de um grande evento de X1 promovido pelos Irmãos Bastos

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