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A sarna em cachorro pode ser causada por três tipos de ácaros e, consequentemente, se manifesta de três maneiras distintas
A sarna gera bastante incômodo no animal infectado por ser causada por ácaros que se alojam na pele do animal, onde se alimentam e se desenvolvem. No grupo dos cães, especificamente, há três tipos de sarna, segundo explica o médico-veterinário Thiago Ferreira. “Nós temos a sarna demodécica, a sarna sarcóptica e a sarna otodécica. E, desses três tipos, a sarna sarcóptica é transmissível para os humanos, causando uma doença chamada de escabiose”. Portanto, é fundamental reconhecer os sintomas e o que fazer para tratar os animais que estão sofrendo com esse problema.
O que causa a sarna? Quais as formas de transmissão?
“A sarna é causada por um agente que já faz parte normalmente da pele do cão, e quando ele tem uma alteração imunológica ou de imunidade, esse ácaro começa a proliferar de forma muito exagerada”, destaca Thiago.
O veterinário também explica que, muitas vezes, isso vai estar relacionado a um defeito genético ou a uso contínuo de alguns medicamentos que causam imunossupressão, uma baixa de imunidade. “Com isso, uma das consequências seria a proliferação desse ácaro causando sarna demodécica”.
Já os outros dois tipos de sarnas, são contagiosas entre os cães. “Então, se você tem um contato entre um animal sadio e um doente, o animal sadio pode adquirir o ácaro e a partir disso manifestar a doença”, destaca o veterinário.
Quais os sintomas da sarna em cachorro?
Os sintomas são variados e depende do tipo de sarna. Em caso de suspeita, não administre nenhum remédio para sarna em cachorro e busque orientações médicas.
Na sarna demodécica: Feridas na pele, normalmente, de cunho avermelhado; Queda de pelo.
Na sarna sarcóptica: Coceira; Falta de pelo; Feridas predominantes na ponta das orelhas, calda, cotovelos e calcanhares.
Na sarna otodécica: Feridas predominantes dentro da orelha; Lesões na cabeça e no pescoço.
Sarna de cachorro atinge os humanos?
A sarna sarcóptica é transmissível para os humanos, causando uma doença chamada de escabiose. O problema é que a sarcóptica também é a sarna mais comum. Por isso, ao suspeitar da doença em seu amigo de quatro patas ou em qualquer outro cachorro, evite tocar no animal sem estar devidamente protegido com luvas.
Como é o diagnóstico da sarna?
O diagnóstico é feito através de exames clínicos e laboratoriais por um médico-veterinário que irá avaliar as variações dos sintomas e diagnosticar seu amigo.
Qual é o tratamento para a sarna?
Manter higienizado o ambiente do cão também é importante, além de evitar o contato do pet com outros cachorros contaminados. (Fonte: Reprodução)
O tratamento pode ser feito por via tópica e sistêmica, conforme o médico-veterinário Thiago Ferreira. “Por via sistêmica, falo de medicamentos orais, medicamentos injetáveis. Na maioria das vezes, a gente trabalha com a combinação entre esses medicamentos”.
“Pra sarna da orelha, utilizamos produtos de ‘pingar’ dentro da orelha. Enquanto para demodécica ou sarcóptica, utilizamos banhos com xampus específicos e medicamentos orais. Dependendo da situação alguns medicamentos injetáveis podem ser utilizados também”
Como evitar sarna em cachorro?
Para evitar as sarnas contagiosas, ou seja, a otodécica e a sarcóptica, é preciso evitar o contato frequente com cães de origem desconhecida. “A gente sabe que o ácaro pode ser passado pelo contato de um animal pro outro ou pelo compartilhamento de determinados materiais como pentes, escovas, máquinas”, destaca do médico-veterinário.
No caso da sarna demodécica, a orientação aos animais que são previamente diagnosticados é que eles não reproduzam porque isso aumenta a chance de passar para alguns filhotes. Manter higienizado o ambiente do cão também é importante, além de evitar o contato do pet com outros cachorros contaminados. Uma alimentação adequada e o acompanhamento regular com um médico-veterinário também são fundamentais para a prevenção da sarna.
Fonte: Diário do Nordeste, adaptado pela equipe Cães e Gatos