A necessidade de políticas públicas para garantir o devido atendimento de saúde às mulheres foi defendida pelos participantes da audiência pública realizada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na terça-feira, dia 16, a pedido da deputada estadual Ana Paula Siqueira.

A audiência contou com a participação de especialistas que explicaram que o climatério é a transição fisiológica do período reprodutivo para o não reprodutivo e pode provocar alterações hormonais que afetam a qualidade de vida. A menopausa marca a falência do ovário com a última menstruação da mulher e o fim da produção dos hormônios reprodutivos femininos. Sensação de calor repentina (fogachos), alterações do sono, irritação, ganho de peso, falta de libido, dificuldade de concentração, variações súbitas de humor e fadiga são alguns dos sintomas mais comuns da menopausa.

Dados do Estudo Brasileiro de Menopausa, realizado em 2022, apontam que a idade média para entrar na menopausa no país é aos 48 anos. Mas é normal que ela aconteça entre 45 e 55 anos. Entretanto, algumas pessoas podem apresentar indícios de uma menopausa precoce, atingindo até mesmo mulheres com menos de 30 anos. De acordo com o IBGE, o Brasil tem aproximadamente 29 milhões de mulheres no climatério ou na menopausa, representando 7,9% da população feminina do país.

A dificuldade de acesso a médicos especialistas e a medicamentos mais modernos, como os hormônios bioidênticos, são obstáculos a serem superados pelas mulheres na busca de maior qualidade de vida na menopausa. Os participantes apontaram que, atualmente, há uma ausência de políticas públicas específicas para amparo às mulheres que vivenciam essa fase da vida.